Projetos sobre Arco Norte deu o que falar!
A Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu-se no dia 12 de setembro por plataforma on-line, para abordar temas cruciais como o Terminal Portuário de Alcântara (TPA), a estrada de ferro do Maranhão (EF-317) e o recém-lançado Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do Governo Federal.

A reunião, presidida por Mario Antônio Pereira Borba, líder da Comissão e da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), teve a condução técnica de Elisangela Pereira Lopes, assessora da CNA, que destacou a urgência de uma infraestrutura capaz de acompanhar o crescimento do setor agropecuário.
Elisangela ressaltou o expressivo aumento das exportações de soja e milho pelos portos do Arco Norte nos últimos 10 anos, que praticamente dobraram a produção e triplicaram as exportações. No entanto, apontou a falta de infraestrutura para suportar esse crescimento e a necessidade de investimentos em projetos como o TPA e a EF-317, especialmente nos estados do Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins.

Paulo Salvador, diretor executivo da Grão Pará Multimodal, apresentou o projeto da estrada de ferro do Maranhão, uma iniciativa vital para transformar a logística do Arco Norte. Com um TPA com profundidade de 25 metros e uma ferrovia EF-317 de 520 km, o projeto visa reduzir os custos de transporte em até U$S 15 por tonelada para produtos destinados à Ásia.

Elisangela expressou o apoio da CNA ao projeto, destacando sua importância para os estados da região e se colocando à disposição para contribuir com sua implementação. O secretário de Desenvolvimento do Maranhão, José Reinaldo Carneiro Tavares, também participou da reunião, trazendo considerações sobre os benefícios socioeconômicos do projeto para o estado e a região.
Os participantes da reunião também analisaram os impactos e projeções do Novo PAC. Luis Henrique Baldez, presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), apresentou os principais pontos do programa, com foco em infraestrutura e logística. Ele destacou a necessidade de aumentar os investimentos nas ferrovias para acompanhar a crescente demanda do mercado, especialmente diante da redução da participação desse meio de transporte nas exportações de soja e milho.

Ao apresentar os blocos temáticos do Novo PAC, Baldez destacou as previsões de investimentos, mas também apontou para algumas lacunas no programa, como a falta de foco em armazenagem e custo regulatório. Ele enfatizou a importância de adaptações, incluindo a definição de obras prioritárias, a especificação de investimentos por projeto e a escolha do modelo de parceria público-privada.
A CNA, em parceria com as federações, está realizando uma avaliação dos 594 projetos do PAC para determinar a prioridade no setor agropecuário. Elisangela enfatizou que muitas obras em rodovias, ferrovias e hidrovias foram consideradas relevantes, mostrando que realmente precisa investir pesado nessa infraestrutura.
No encerramento da reunião, Lucas Araújo, assessor técnico da CNA, apresentou o Sistema Painel, uma plataforma com informações sobre as principais cadeias da agropecuária do Brasil, focada em dados econômicos, agrícolas e pecuários. Ele destacou que a ferramenta está disponível para todos os estados mediante adesão.
A CNA segue atuante, debatendo e buscando soluções para impulsionar a infraestrutura agropecuária do Brasil. Que venham mais encontros produtivos como este!
Fonte: CNA.
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