Queda nas Vendas de Máquinas Agrícolas em 2024

O setor de máquinas agrícolas apresentou uma queda significativa nas vendas em 2024, totalizando 48,9 mil unidades vendidas no atacado, uma redução de 19,8% em comparação a 2023. A Anfavea divulgou esses dados preocupantes em 23 de janeiro durante uma coletiva de imprensa.
Desempenho por Segmento
A queda foi mais acentuada no segmento de colheitadeiras, enquanto o segmento de tratores, embora também tenha registrado uma redução, foi menos impactado. A Anfavea não espera mudanças significativas nos patamares em 2025 sem uma política consistente de Plano Safra.

Impacto das Importações
As exportações de máquinas agrícolas caíram 31%, com apenas 6 mil unidades enviadas. A projeção para 2025 é de um crescimento tímido de 1%. Em contrapartida, as importações cresceram acentuadamente, especialmente de máquinas oriundas da China (55%) e Índia (26%), transformando o superávit comercial em déficit.
Preocupações da Anfavea
O aumento da participação das máquinas importadas nas compras públicas está afetando negativamente o emprego, a competitividade e a inovação no Brasil. Empresas menores, com menos de 20 empregados, são particularmente impactadas pela falta de uma rede confiável para assistência técnica.
Agenda Prioritária para 2025
Para enfrentar os desafios, a Anfavea divulgou seis metas prioritárias para 2025:

- Criação de condições atrativas de financiamento do Plano Safra e do BNDES para máquinas agrícolas e de construção, além de novas fontes de crédito.
- Recomposição da alíquota do Imposto de Importação para 14%.
- Políticas de garantia e financiamento para exportação.
- Reindustrialização da cadeia de fornecedores.
- Renovação da frota de máquinas agrícolas e de construção, e expansão da mecanização.
- Aperfeiçoamento da política de compras públicas de máquinas, sem prejuízo à indústria local, ao emprego e à inovação.
Otimismo dos CEOs do Agronegócio

Apesar dos desafios, 76% dos CEOs do agronegócio brasileiro estão otimistas com o crescimento da economia nos próximos 12 meses, conforme a 28ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC. Esse índice supera a média nacional de 73% de otimismo entre executivos de diversos setores e contrasta com a média global de 57%.
A redação
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